quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Conheça algumas bizarrices adotadas por quem quer emagrecer.

Pessoas com excesso de peso muitas vezes se submetem a procedimentos bizarros para emagrecer, colocando a saúde em risco.
Chupar geloAndréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp, especula que esse mito surgiu da premissa de que o corpo gasta mais energia para metabolizar algo gelado. "Mas esses resultados são irrisórios e o benefício é mínimo para quem emagrecer", explica ela
Mastigar 32 vezes e cuspir os pedaços que por acaso restarem na bocaO método, em parte, é aprovado pelas nutricionistas ouvidas pelo UOL Ciência e Saúde. "Não existe nenhuma comprovação científica sobre o número de mastigações necessárias", destaca Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp. Mas ela pondera que mastigar bem os alimentos é recomendável, pois aumenta a sensação de saciedade. "Além disso, melhora a digestão e a absorção dos nutrientes", conta Monica Elias Jorge, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Mascar chicleteDo ponto de vista nutricional não há nada na composição do chiclete que ajude a emagrecer e o gasto calórico extra proveniente da mastigação é mínimo. A prática é condenada por nutricionistas. "Ao mastigar, o estômago se prepara para receber alimento e a pressão gástrica aumenta, o que pode gerar irritação e azia", explica Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp.
FumarO método é muito prejudicial ao organismo como um todo, mas de fato emagrece. "Cada cigarro queima, em média, 200 calorias", conta Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp. É por isso que muitos fumantes engordam depois de abandonar o hábito. Já na opinião de Monica Elias Jorge, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, quem larga o cigarro ganha peso porque passa a comer mais. "O nutricionista precisa ajudar a pessoa a escolher alimentos menos calóricos nesse momento", explica ela. O fumo obviamente não é indicado por nenhum profissional como coadjuvante do emagrecimento, pois pode causar câncer, problemas respiratórios e uma infinidade de doenças.
Usar um óculos que deixa a comida menos atraenteO "Diet Glass" (algo como "dieta dos óculos") sugere que lentes azuladas alteram a cor da comida e fazem o usuário ter menos vontade de comer. Para Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp, a medida não faz sentido. "Um prato colorido e bonito pode ter baixas calorias", destaca.
Comer chocolate congeladoAndréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp, acredita que a ideia surgiu porque a estratégia leva a comer quantidades menores (o alimento demora para derreter e fica mais tempo na boca). Mas a recomendação não tem respaldo científico.
Pílulas com vermesParece absurdo, mas há na internet rumores de que ingerir pílulas com parasitas ajuda a emagrecer. Segundo Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp, não há bactérias ou parasitas com capacidade de absorver gordura. O emagrecimento pode ser sintoma de certas verminoses, mas o risco de desenvolver um problema de saúde grave dispensa comentários.
Tomar suco de limão puro em jejum A prática é bem popular, mas também não há estudos que comprovem sua eficácia. De acordo com Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp, o método pode ser arriscado. "Por ser um alimento muito ácido ele aumenta a secreção gástrica e pode causar problemas no estômago", explica.
Escolher uma letra e se alimentar apenas de alimentos que comecem com elaO método foi taxado como loucura pela nutricionista Andréa Uzeda, da Clínica Dicorp. "As pessoas chegam a extremos absurdos para conseguir perder peso e usam métodos sem nenhuma comprovação científica", identifica. A nutricionista conta que uma dieta assim pode resultar na carência de nutrientes e vitaminas.
Dormir o dia todoDurante o sono há queima de calorias, ainda que em pequenas quantidades. Com a vantagem de que, dormindo, ninguém come. "Mas é melhor praticar um exercício físico do que dormir o dia inteiro, pois com certeza mais calorias serão queimadas", argumenta Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp. Ela também destaca que o sono deixa o metabolismo mais lento, o que não é bom para quem quer emagrecer. "Oito horas diárias são o suficiente", comenta. Vale lembrar que ficar sem dormir também é uma péssima ideia para quem quer emagrecer. Segundo estudos recentes, a falta de descanso faz as pessoas comerem mais.
Comer bola de algodão seca ou mergulhada em gelatinaQuem usa o método alega que a bola de algodão é rica em fibras e enche a barriga, diminuindo o apetite. Monica Elias Jorge, nutricionista da Faculdade de Saúde Pública da USP, alerta para o perigo da prática: "Algodão não é comida e ninguém deve consumir nada que não seja alimento, pois não dá para saber como o organismo vai reagir". A nutricionista lembra que há alimentos ricos em fibras, como os cereais integrais, que ajudam a aumentar a saciedade.
Tomar vinagre antes das refeiçõesNenhum estudo aponta que o vinagre ajuda a queimar gordura e seu consumo em excesso não é recomendado. "Nenhum alimento tem a capacidade de queimar gordura; há alimentos digestivos, que fazem com que as pessoas se sintam bem após a refeição", conta Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp. Ela avisa que tomar vinagre em excesso pode irritar o estômago e provocar azia.
Comer clara de ovo a cada três horasA clara de ovo é rica em albumina e ajuda na saciedade. "Mas de qualquer forma não há motivo para comê-la de três em três horas. Os nutricionistas indicam se alimentar nesse espaço de tempo, mas não apenas de clara de ovo", comenta Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp. Monica Elias Jorge, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, ainda ressalta que tudo em excesso gera desequilíbrio: "Consumir muita clara de ovo pode sobrecarregar o rim, pois ela tem muitas proteínas.
Cinta modeladoraO efeito de usar a cinta é temporário: ao tirar o adereço, o corpo volta a ser o que era. "Para que ajudasse a queimar células de gordura, a cinta teria que ser térmica", diz Monica Elias Jorge, nutricionista da Faculdade de Saúde Pública da USP. "Mas mesmo que existisse uma assim, o tratamento teria que ser feito em clínicas e não em casa, sem acompanhamento", completa Andréa Uzeda, nutricionista da Clínica Dicorp

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